domingo, 20 de setembro de 2009

Sobre as campanhas solid(ot)árias...

Criança Esperança, Pestalozzi de São Paulo... São tantas as campanhas de solidariedade que parece responsabilidade exclusiva nossa sustentar os mais necessitados, ou seja, o governo isenta-se de sua responsabilidade de gestor humano do país por conta da nossa solidariedade. Entretanto, será que essas campanhas são para ajudar mesmo, ou são para nos culpar por todas as mazelas sociais do país, enquanto uns poucos se aproveitam do dinheiro que doamos?

Até outro dia, estávamos vivendo a campanha do "Criança Esperança", onde o Brasil todo se mobiliza para "ajudar" as crianças do Brasil. "Ajudar", porque muita gente doa pela lavagem cerebral que fazem pela tv, na figura da Xuxa e do Didi (que se dizem humanitários e embaixadores da UNICEF), ou porque os seus artistas preferidos estão participando do show de horrores, com as bandas que fazem (leia-se: lavam) a cabeça do povo que, ingenuamente ou otariamente, dão dinheiro para a conta da UNICEF (que é o que falam)... Enfim, acabamos por jogar dinheiro fora, sabendo que já damos MUITO dinheiro para o governo tentar sanar os problemas sociais (que nunca são sanados, enfim).

É ridículo o que os chamados "poderosos" tentam fazer com o povo. Tentam jogar uma responsabilidade da qual não temos que assumir. Dizer que, se não doarmos, crianças morrerão de fome e deixarão de ter futuro, é o terrorismo psicológico mais ridículo que podemos ver. É a mesma coisa dizer que eu, você e os outros somos Presidentes da República. Se somos responsáveis por isso, para que então temos eleições a cada dois anos (alternando eleições municipais e nacionais)? É só para ter algo burocrático então? O povo está cansado de burocracia e de gente inútil nos governando. Tudo bem que é o povo mesmo que coloca as cobras no covil e, para o governo, é ótimo ter um curral de bois com viseira. É ilusão pensar que o governo quer investir em educação, que o dinheiro dessas campanhas de fachada são para a educação. Doe 7, 15 ou 30 reais, assim o Didi e a Xuxa vão agradecer e muito por pagar seus cachês.

Enfim, aos que querem mesmo ajudar aos mais necessitados, coloquem pessoas que realmente queiram melhorar nosso país. E aos que preferem não ver isso, continuem jogando dinheiro fora, circulando em seus currais e se condenando a serem eternos burros.

sábado, 12 de setembro de 2009

A Roma Antiga Paraense.

Quando estudamos História Antiga, estudamos sobre a Roma Antiga, sobre as formas de governo e as políticas daquela época. E dentre todas as políticas feitas por lá, encontramos a política do "pão e circo", pensada por Júlio César. Muitos afirmam que ela acabou. Mas quem garante isso?

No Pará, temos uma cultura de massa muito forte. Grande parte da população é pobre, onde as possibilidades de crescer são poucas, pela dominação das elites provincianas locais. E ainda tem os políticos oportunistas, que se aproveitam de situações graves de pobreza para se auto-promoverem, com falsas ações de solidariedade. Exemplos disso são alguns radialistas que se auto-proclamam vir do "povão", numa forma de querer crescer a partir da pobreza alheia, o que é uma covardia.

Outro resquício do "pão e circo paraense" são os famosos eventos e aniversários de políticos. É a melhor forma de fechar os olhos do povo diante da inutilidade dos políticos nos gabinetes do governo. Colocam as aparelhagens sonoras, bandas, distribuem os famosos "churrasquinhos de gato", cerveja a preço de custo, enfim... TuDo para eles saiam bem falados. É como diz Gabriel, o Pensador: "e não adianta abrir os olhos do povo, porque se um abre os olhos, mil olhos fecham de novo..." ou seja, se fosse feito um trabalho de educação rígida com essa parte da população, para não serem mais manipulada maliciosamente por esses políticos porcos que, infelizmente, nos governam.

Bom, para quem ainda não acreditava no nosso "pão e circo", é uma forma de abrir os olhos... quem sabe, um dia, essa Roma Antiga acabe por ser destruída também, em especial os políticos, e que reine então a inteligência e a saúde do povo.