quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Sobre o papel social da Fisioterapia.

Fisioterapia. Dita atualmente como a "profissão do futuro", haja vista os inúmeros problemas físicos que grande parte da população mundial apresentará (aliás, já está apresentando), por conta dos seus modos de vida, maus hábitos, falta de tempo para si, enfim... Logo, percebe-se que o profissional Fisioterapeuta deverá assumir um importante papel neste teatro da vida. Mas será que este quererá assumir tal papel? E os futuros profissionais, será que entendem esse papel?

A realidade é que a profissão cresceu. Está em áreas que, em tempos anteriores, nem se cogitava a partiipação do Fisioterapeuta. Entretanto, ele está atuando na Saúde da Mulher, na Oncologia, na Dermato-funcional, etc. Sendo assim, nós atingimos uma gama enorme de pacientes, fora a variedade. Desde o mais humilde ao mais abastado. Este é o foco do debate. Ultimamente, a formação dos futuros profissionais tem deixado a desejar no âmbito social. Não há o incentivo por parte dos profissionais em avançar no debate do papel soial do Fisioterapeuta. E em detrimento à esse debate, o que é incentivado é que o mesmo incentive, ao invés da saúde pública, o serviço privado de saúde. Os serviços voltados para quem pode pagar mais, em detrimento ao serviço público. Afinal, pelo fato de o serviço público não pagar bem e não oferecer condições melhores de trabalho, o profissional acaba por "abandonar" tal área, querendo apenas fazer serviços home care, serviços particulares... A "desculpa" utilizada é justamente a falta de condições tanto financeiras quanto de trabalho. Entretanto, não entendem que é OBRIGAÇÃO nossa modificar essa realidade, pois se realmente, queremos que a qualidade de vida da nossa população cresça, temos que ser agente modificador da realidade.

Outro ponto é quanto o papel do Fisioterapeuta na mudança da conjuntura do trabalho, ou na conscientização do trabalhador em se organizar contra as suas próprias mazelas. Os maiores questionamentos é: "O que eu tenho a ver com o que o trabalhador passa nos seus ambientes de trabalho" É uma questão simples. Enquanto papel de tratamento, temos de curar e tratar qualquer tipo de problema que este venha a ter por conta de sua profissão. Sim, cumprido ese papel, entra o de conscientização. De que maneira? É de mostrar que esses problemas que o trabalhador veio a ter foi por conta das condições ruins que este enfrenta no seu trabalho, e de que ele é o próprio agente capaz de mudar essa realidade. Basta se organizar coletivamente e lutar por melhorias de condições de trabalho, salário e outros direitos que este venha a ter dentro de seu emprego.

Portanto, é preciso que nós, enquanto Fisioterapeutas, assumirmos nosso papel SOCIAL. Não se pode mais ser indiferente quanto à realidade que se vive, sabendo que nós temos condições de mudar muita coisa, inclusive dentro da nossa profissão. É só querermos.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Sobre o futuro do Pará...

Processo eleitoral, enfim, chegou ao fim. Acabou a poluição visual (teoricamente), assim como a sonora (2). E uma preocupação ronda as pessoas conerentes politicamente falando. A direita ganhou as eleições no Estado (Simão Jatene, do PSDB). O que esperar da volta do PSDB ao governo do Pará?

Desde o 1º turno, já se tinha essa preocupação, afinal, o PT não fez um bom governo (avaliação pessoal), e sabe-se que, apesar de um discreto crescimento da esquerda no estado (leia-se, PSOL), ainda sim, não teria como barrar a volta do tucano ao mais alto cargo executivo do Pará. Sob o discurso dos hospitais regionais, e atacando as falhas do atual governo, este volta a nos governar. Por trás disso, voltará um projeto conservador, onde a mobilidade social será completamente abandonada, assim como os interesses populares. Voltará a política de direita, que visa fortalecer o interesse capitalista sobre a Amazônia, em especial, sobre o Pará que, por ser um estado rico (naturalmente falando), desperta a cobiça internacional.

Aumentará a exploração dos nossos recursos, do nosso povo, diminuindo nossa soberania, nossa honra e nossa dignidade. Aumentará as diferenças sociais, onde a elite local deterá mais de 90% de nossas riquezas, enquanto a maioria do povo não terá a certeza de conseguir comer. Não teremos mais o direito de viver com o mínimo de dignidade, viveremos em um Estado sem direitos, só deveres. Um Estado que enterrará a esperança do Amazônida de crescer socialmente, de ter acesso ao que nossa região tem de melhor. Nossa voz será sufocada, nossos atos serão controlados, nossa vida não mudará para melhor. Um verdadeiro cenário fascista.

E agora? Nos resta mesmo lutar, para manter o que temos de dignidade, mantermos nossa soberania, manter nossa honra. Acima de tudo, manter o que nos há de marcante: o amor que temos pela nossa região e, especialmente, pelo nosso Estado. Se realmente trazemos o Pará no coração, a prática daqui por diante será fundamental.