quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Sobre o papel social da Fisioterapia.

Fisioterapia. Dita atualmente como a "profissão do futuro", haja vista os inúmeros problemas físicos que grande parte da população mundial apresentará (aliás, já está apresentando), por conta dos seus modos de vida, maus hábitos, falta de tempo para si, enfim... Logo, percebe-se que o profissional Fisioterapeuta deverá assumir um importante papel neste teatro da vida. Mas será que este quererá assumir tal papel? E os futuros profissionais, será que entendem esse papel?

A realidade é que a profissão cresceu. Está em áreas que, em tempos anteriores, nem se cogitava a partiipação do Fisioterapeuta. Entretanto, ele está atuando na Saúde da Mulher, na Oncologia, na Dermato-funcional, etc. Sendo assim, nós atingimos uma gama enorme de pacientes, fora a variedade. Desde o mais humilde ao mais abastado. Este é o foco do debate. Ultimamente, a formação dos futuros profissionais tem deixado a desejar no âmbito social. Não há o incentivo por parte dos profissionais em avançar no debate do papel soial do Fisioterapeuta. E em detrimento à esse debate, o que é incentivado é que o mesmo incentive, ao invés da saúde pública, o serviço privado de saúde. Os serviços voltados para quem pode pagar mais, em detrimento ao serviço público. Afinal, pelo fato de o serviço público não pagar bem e não oferecer condições melhores de trabalho, o profissional acaba por "abandonar" tal área, querendo apenas fazer serviços home care, serviços particulares... A "desculpa" utilizada é justamente a falta de condições tanto financeiras quanto de trabalho. Entretanto, não entendem que é OBRIGAÇÃO nossa modificar essa realidade, pois se realmente, queremos que a qualidade de vida da nossa população cresça, temos que ser agente modificador da realidade.

Outro ponto é quanto o papel do Fisioterapeuta na mudança da conjuntura do trabalho, ou na conscientização do trabalhador em se organizar contra as suas próprias mazelas. Os maiores questionamentos é: "O que eu tenho a ver com o que o trabalhador passa nos seus ambientes de trabalho" É uma questão simples. Enquanto papel de tratamento, temos de curar e tratar qualquer tipo de problema que este venha a ter por conta de sua profissão. Sim, cumprido ese papel, entra o de conscientização. De que maneira? É de mostrar que esses problemas que o trabalhador veio a ter foi por conta das condições ruins que este enfrenta no seu trabalho, e de que ele é o próprio agente capaz de mudar essa realidade. Basta se organizar coletivamente e lutar por melhorias de condições de trabalho, salário e outros direitos que este venha a ter dentro de seu emprego.

Portanto, é preciso que nós, enquanto Fisioterapeutas, assumirmos nosso papel SOCIAL. Não se pode mais ser indiferente quanto à realidade que se vive, sabendo que nós temos condições de mudar muita coisa, inclusive dentro da nossa profissão. É só querermos.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Sobre o futuro do Pará...

Processo eleitoral, enfim, chegou ao fim. Acabou a poluição visual (teoricamente), assim como a sonora (2). E uma preocupação ronda as pessoas conerentes politicamente falando. A direita ganhou as eleições no Estado (Simão Jatene, do PSDB). O que esperar da volta do PSDB ao governo do Pará?

Desde o 1º turno, já se tinha essa preocupação, afinal, o PT não fez um bom governo (avaliação pessoal), e sabe-se que, apesar de um discreto crescimento da esquerda no estado (leia-se, PSOL), ainda sim, não teria como barrar a volta do tucano ao mais alto cargo executivo do Pará. Sob o discurso dos hospitais regionais, e atacando as falhas do atual governo, este volta a nos governar. Por trás disso, voltará um projeto conservador, onde a mobilidade social será completamente abandonada, assim como os interesses populares. Voltará a política de direita, que visa fortalecer o interesse capitalista sobre a Amazônia, em especial, sobre o Pará que, por ser um estado rico (naturalmente falando), desperta a cobiça internacional.

Aumentará a exploração dos nossos recursos, do nosso povo, diminuindo nossa soberania, nossa honra e nossa dignidade. Aumentará as diferenças sociais, onde a elite local deterá mais de 90% de nossas riquezas, enquanto a maioria do povo não terá a certeza de conseguir comer. Não teremos mais o direito de viver com o mínimo de dignidade, viveremos em um Estado sem direitos, só deveres. Um Estado que enterrará a esperança do Amazônida de crescer socialmente, de ter acesso ao que nossa região tem de melhor. Nossa voz será sufocada, nossos atos serão controlados, nossa vida não mudará para melhor. Um verdadeiro cenário fascista.

E agora? Nos resta mesmo lutar, para manter o que temos de dignidade, mantermos nossa soberania, manter nossa honra. Acima de tudo, manter o que nos há de marcante: o amor que temos pela nossa região e, especialmente, pelo nosso Estado. Se realmente trazemos o Pará no coração, a prática daqui por diante será fundamental.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Quem quer afundar a esquerda?

Sim, essa pergunta é bem intrigante. E, a priori, fácil de responder. Segundo o senso comum, naturalmente que seria a direita (como diz um amigo meu, os destros). Entretanto, é preciso saber bem se realmente são só os destros que querem derrubar os sinistros (nós, da esquerda). É necessário também, saber se o discurso das pessoas que se dizem "de esquerda" são coerentes e realmente querem chegar no nosso objetivo final.

Esses dias saiu na propaganda de um partido dito de esquerda umas fotos da mobilização dos alunos da UEPa na luta pelo R.U. do CCSE. Indiretamente, o partido associou o ato como se ele o tivesse puxado, numa clara forma de se promover às custas da luta dos estudantes da Universidade. Oportunismo puro. O detalhe é que estes usam do discurso que "estavam rebatendo os comentários da candidata Ana Júlia acerca da educação, onde ela diz que está maravilhosa e as fotos mostram o contraste às falas dela". Bom, realmente, a educação do Pará está em frangalhos, desde o ensino básico até o superior. É muita cara-de-pau da queridíssima falar uns absurdos desses. Se melhorar a educação fosse apenas pintar as escolas (porque para ela, reformar escola é apenas passar uma mão de tinta nas paredes e pintar o nome da escola nos muros), meu pai não pagaria escola particular. Eu mesmo não iria querer estudar em escolas que "educam" as pessoas, mas não da maneira correta. Enfim, não é esse o foco do debate.

É impressionante a incoerência de determinadas tendências de esquerda. Se dizem estar ao lado do povo, querem lutar pela revolução e implantar um regime livre das opressões, das injustiças sociais e etc. Entretanto, acabam se contradizendo em "n" momentos. Exemplo disso é que alguns companheiros (que reconheço que são de luta) criaram um coletivo de oposição contra o DCE-UFPa, que é de esquerda e de luta. é uma coisa meio "canibalismo", esquerda querendo devorar esquerda. É necessário um pensamento em cima disso. Eles falam que a entidade não toca lutas, são contraditórios no discurso-prática, ou seja, difamando absurdamente. Entretanto, é necessário que estes mesmos façam um balanço de si (coisa que não fazem, afinal, a pior coisa que existe para quem é absolutista é admitir seus erros), onde boicotam atividades, desmobilizam, fazem de tudo para que tudo o que é proposto seja fracassado. diante das possíveis falhas, estes usam do oportunismo que lhes é característico, apontando os erros, não mostrando soluções coerentes e se lançando como "Jesus Cristo" (peço perdão à Deus por usar o nome do seu filho em vão, mas é a forma mais contundente que achei para comparar). Ou seja, a esquerda é inimiga de quem se diz de esquerda. Enquanto isso, a direita...

Não, não escrevi para dizem que determinada tendência é a correta. Particularmente, acredito na linha que sigo, pois penso na coerência do discurso juntamente com a prática. Muito menos quero dizer eles são nossos inimigos. É necessário colocar em mente de quem é de esquerda: Nosso inimigo é a DIREITA! Não custa colocar isso em mente. A partir do momento que isso se focaliza, quem sabe poderemos ser mais fortes. Enquanto os ditos "sinistros" quererem se degladiar entre si, os destros são só no "enrabation".

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Sexo sim, mecânica não...

Hoje é dia do sexo! Hoje é dia dos motéis ficarem cheios de casais (heteros ou homos), amigos, prostitutas ou grupos de orgias e afins, praticando sexo. Sexo, dom divino, onde nós (humanos) temos o privilégio de sentir uma sensação de prazer completamente indescritível durante o ato. O chamado orgasmo. Mas eu não queria falar do lado fisiológico do sexo. Queria falar de sexo por uma outra perspectiva. Primeiro, o que é sexo hoje para a maioria das pessoas?

Ultimamente, o que se vem observando é a banalização sexual. Seja pela grande mídia, pela indústria do cinema, indústria cultural, o fato é que sexo se tornou algo mecânico. Não se tem uma "mística" que o sexo tinha, e que o tornava muito mais prazeiroso, pra muito mais além do orgasmo. O que seria isso? A falta do flerte, a falta do "clima", o explícito demais, faz com que o o sexo não seja tão interessante. As pessoas acabam vendo o sexo apenas na hora de tirar a roupa e transar. Fica uma coisa tão direta demais que não dá tanto prazer quanto antes. Não estou condenando o lado carnal do sexo, até porque eu sou MUITO carnal, mas creio que o fato de o sexo estar mecânico demais faz com que não seja tão interessante...

Outra coisa: o sexo se tornou egoísta. Sim, ninguém consegue mais pensar o sexo como prazer mútuo, mas só querem sentir prazer, ao invés de dar prazer e sentir prazer assim. Logo, vê-se relatos de casais que não sentem atração um pelo outro por conta disso: apenas um quer "gozar". E o outro? Ahh, eu já senti prazer, isso já está bom. Infelizmente está assim...

Sim, há solução para isso? Bom, eu mesmo não sei dizer qual, se por um acaso houver. Mas eu mesmo sei que sexo pode ser muito mais do que ele é. Sexo é muito mais que carne, muito mais que algo fisiológico. Sexo é essência, é prazer mútuo. Certamente, podemos fazer do sexo a melhor sensação do mundo. É só querermos.

sábado, 7 de agosto de 2010

A verdade está na cara, mas não se impõe.

O que foi que nos aconteceu?
No Brasil, estamos diante de acontecimentos inexplicáveis, ou melhor,'explicáveis' demais.
Toda a verdade já foi descoberta, todos os crimes provados, todas as mentiras percebidas.
Tudo já aconteceu e nada acontece. Os culpados estão catalogados, fichados, e nada rola.
A verdade está na cara, mas a verdade não se impõe. Isto é uma situação inédita na História brasileira!!!!!!!
Claro que a mentira sempre foi a base do sistema político, infiltrada no labirinto das oligarquias, mas nunca a verdade foi tão límpida à nossa frente e, no entanto, tão inútil, impotente, desfigurada!!!!!!!!
Os fatos reais: com a eleição de Lula, uma quadrilha se enfiou no governo e desviou bilhões de dinheiro público para tomar o Estado e ficar no poder 20 anos!!!!
Os culpados são todos conhecidos, tudo está decifrado, os cheques assinados, as contas no estrangeiro, os tapes, as provas irrefutáveis, mas o governo psicopata de Lula nega e ignora tudo !!!!!
Questionado ou flagrado, o psicopata não se responsabiliza por suas ações. Sempre se acha inocente ou vítima do mundo, do qual tem de se vingar. O outro não existe para ele e não sente nem remorso nem vergonha do que faz !!!!!
Mente compulsivamente, acreditando na própria mentira, para conseguir poder. Este governo é psicopata!!! Seus membros riem da verdade, viram-lhe as costas, passam-lhe a mão nas nádegas. A verdade se encolhe, humilhada, num canto. E o pior é que o Lula, amparado em sua imagem de 'povo', consegue transformar a Razão em vilã, as provas contra ele em acusações 'falsas', sua condição de cúmplice e Comandante em 'vítima'!!!!!
E a população ignorante engole tudo.. Como é possível isso?
Simples: o Judiciário paralítico entoca todos os crimes na Fortaleza da lentidão e da impunidade. Só daqui a dois anos serão julgados os indiciados - nos comunica o STF.
Os delitos são esquecidos, empacotados, prescrevem. A Lei protege os crimes e regulamenta a própria desmoralização Jornalistas e formadores de opinião sentem-se inúteis, pois a indignação ficou supérflua. O que dizemos não se escreve, o que escrevemos não se finca, tudo quebra diante do poder da mentira desse governo.
Sei que este é um artigo óbvio, repetitivo, inútil, mas tem de ser escrito...
Está havendo uma desmoralização do pensamento.
Deprimo-me:
Denunciar para quê, se indignar com quê? Fazer o quê?'
A existência dessa estirpe de mentirosos está dissolvendo a nossa língua. Este neocinismo está a desmoralizar as palavras, os raciocínios. A língua portuguesa, os textos nos jornais, nos blogs, na TV, rádio, tudo fica ridículo diante da ditadura do lulo-petismo.
A cada cassado perdoado, a cada negação do óbvio, a cada testemunha, muda, aumenta a sensação de que as idéias não correspondem mais Aos fatos!!!!!
Pior: que os fatos não são nada - só valem as versões, as manipulações.
No último ano, tivemos um único momento de verdade, louca, operística, grotesca, mas maravilhosa, quando o Roberto Jefferson abriu a cortina do país e deixou-nos ver os intestinos de nossa política.
Depois surgiram dois grandes documentos históricos: o relatório da CPI dos Correios e o parecer do procurador-geral da república. São verdades cristalinas, com sol a Pino.
E, no entanto, chegam a ter um sabor quase de 'gafe'.
Lulo-Petistas clamam: 'Como é que a Procuradoria Geral, nomeada pelo Lula, tem o desplante de ser tão clara! Como que o Osmar Serraglio pode ser tão explícito, e como o Delcídio Amaral não mentiu em nome do PT ? Como ousaram ser honestos?'
Sempre que a verdade eclode, reagem.
Quando um juiz condena rápido, é chamado de exibicionista'. Quando apareceu aquela grana toda no Maranhão (lembram, filhinhos?), a família Sarney reagiu ofendida com a falta de 'finesse' do governo de FH, que não teve a delicadeza de avisar que a polícia estava chegando....
Mas agora é diferente.
As palavras estão sendo esvaziadas de sentido. Assim como o stalinismo apagava fotos, reescrevia textos para contestar seus crimes, o governo do Lula está criando uma língua nova, uma neo-língua empobrecedora da ciência política, uma língua esquemática, dualista, maniqueísta, nos preparando para o futuro político simplista que está se consolidando no horizonte.
Toda a complexidade rica do país será transformada em uma massa de palavras de ordem , de preconceitos ideológicos movidos a dualismos e oposições, como tendem a fazer o Populismo e o simplismo.
Lula será eleito por uma oposição mecânica entre ricos e pobres, dividindo o país em 'a favor' do povo e 'contra', recauchutando significados que não dão mais conta da circularidade do mundo atual. Teremos o 'sim' e o 'não', teremos a depressão da razão de um lado e a psicopatia política de outro, teremos a volta da oposição Mundo x Brasil, nacional x internacional e um voluntarismo que legitima o governo de um Lula 2 e um Garotinho depois.
Alguns otimistas dizem: 'Não... este maremoto de mentiras nos dará uma fome de Verdades'!

(Texto de Arnaldo Jabor que foi "censurado" pelo TSE e retirado do site da CBN)

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Por que os brasileiros odeiam a política?

É fato: a MAIORIA esmagadora do povo brasileiro tem aversão total pela política. Ou por acharem chato, desinteressante, ou mesmo por detestarem as sujeiras que são diariamente noticiadas (diga-se de passagem, não por quererem esclarecer a população mas, sim para derrubarem adversários políticos), isso é bem comum. E como fazer essas pessoas criarem interesse pela política?

Geralmente, as pessoas que costumam se interessar por política são aquelas que possuem uma formação dita mais "privilegiada", no caso, quem têm acesso às universidades (preferencialmente públicas)... E ainda sim, a maioria dos estudantes não gostam, já que desde pequenos, é dada uma criação que possuem como um dos pricípios a total marginalização dos movimentos políticos. Movimento estudantil ou qualquer manifestação popular é considerada como baderna e marginalizada, sem mesmo ter sua essência política observada. Se cada um desses movimentos tivessem suas essências políticas pelo menos observadas ou debatidas, quem sabe se grande parte dessa sujeirada política pudesse ser sanada...

Outra coisa: Políticos são hipócritas. Se trancam em suas salas com central de ar, secretárias (pensem o que quiser), sem mesmo olhar o que está acontecendo com nossa realidade. Mas em época eleitoral, são os primeiros a ir para a lama das ruas, os valões, lixões e afins, dizendo que são os "candidatos do povo", que vieram do meio popular, colocam trios elétricos nos balneários e descem no meio do povo, só para alienar mais a massa. É por isso que ninguém se interessa pela política, pois consequentemente após essas ações de grande parte dos nossos governantes, as pessoas acabam generalizando, ou seja, não enxergam quem realmente pode ser uma alternativa para a mudança das nossas realidades.

Sendo assim, o que se pode fazer para despertar um pouco mais desse interesse político no povo é um trabalho de conscientização da massa, e esse tem que ser feito por quem realmente quer ver mudança. Se realmente temos consciência de querer revirar essa página triste da nossa realidade, "precisamos ser a mudança que queremos ver no mundo".

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Perdemos a Copa? O Brasil (se) perde todo dia...

Em tempos de Copa do Mundo, é tempo de esquecer todo o sofrimento do povo. Afinal, é a nossa Seleção pentacampeã mundial que está em campo, pronta para tentar mais um título e dar alegrias ao povo. E daí se tem gente que não tem o que comer todos os dias, ou que a saúde, educação e outros bens essenciais para a população está em frangalhos? É hora de esquecer tudo isso e tomar várias caixas de cerveja, comer churrasco e faltar trabalho por "irresponsabilidade". É hora de comprar bandeirinhas, enfeitar casas, ruas, esquinas, comprar nossos adereços e cornetinhas para cada gol, vibrar. E o resto, que vá tudo para o inferno, como dizia Roberto Carlos.

Nosso patriotismo é algo impressionante. Não pelo fato de sermos apaixonados pelo nosso país (isso é RARO), mas sim porque só demonstramos isso em épocas específicas, ou então de grandes eventos, como a própria Copa do Mundo ou então as Olimpíadas. Rara é a cena de alguém vestindo algo que lembre nosso país, ou algum local enfeitado com as nossas cores. Será que o Brasil não merece atenção especial todos os dias? Todos os dias, somos derrotados. Perdemos com políticos corruptos, com golpes do Capitalismo contra a população (será esses eventos alguma jogada do Capitalismo? Pense bem...), nossos direitos essenciais jogados ao vento, a população sendo tratada como bicho, sem ao menos tentar se defender... Enfim, quem vê tudo isso pode abrir a boca e dizer: "Ah, por tudo isso que eu não tenho motivo para ser patriota". Quem diz isso, não é patriota, mas sim, IDIOTA. Sim, afinal, por todos esses motivos é que nós temos que fortalecer nosso patriotismo. Demonstrar nosso amor à nossa Pátria mãe gentil não é só vestir a camisa a do Brasil e beber cerveja na hora do jogo, mas sim, se engajar na luta contra toda a podridão que toma conta do nosso país.

Outra coisa que é importante ressaltar: Quem se demonstra patriota mesmo, tem o DEVER de conscientizar quem é "patriota". Claro, pois uma coisa é fato no Brasil, que é a "analfabetização" política da população, que faz com que todos se achem incapazes de lutar por seus direitos, seja por um posto de saúde com serviços de qualidade, uma educação digna ao nosso povo ou mesmo por uma chance de viver com a mínima dignidade possível no nosso país. Teoricamente, esse é um dever dos nossos políticos, que são "patriotas". Entretanto, não é interessante para eles um povo com amor à Pátria, mas sim um povo "tapado". Então, cabe aos mais conscientes esse papel, e ABOLIR com o que podemos chamar de "patriotismo burro".

Portanto, é necessário pensar: O Brasil perdeu na Copa, ou ele perde todos os dias? Quem souber responder essa pergunta, já é um grande passo para ser um patriota inteligente.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Pensando a esquerda...

Muito se discute sobre o que é a esquerda no Brasil, seja ela em todos as classes (trabalhadora, estudantil, etc). E muitas análises são feitas, se ela está em ascenção ou decadência. Então,se faz necessário pensar um pouco o que o movimento esquerdista foi e o que ele é atualmente no Brasil.

Uma análise bastante comum, feitas por alguns camaradas de determinadas tendências esquerdistas é a de que o Movimento de Esquerda está em crescimento, pois ele acreditam que, com a crise da Zona do Euro (coia bem recente mesmo), estão estourando levantes da classe trabalhadora em alguns países. Greves gerais estão acontecendo, pessoas paralisando nações. sim, isto é fato. Entretanto, será que esta análise diz toda a realidade? Será que a população dos países que estão em crise entende que toda a realidade que eles estão passando é por conta do modelo de sociedade vigente no mundo, que é o Capitalismo, ou é porque eles não querem perder seus salários, não querem ter prejuízos pessoais dentro de suas casas? A análise que outras tendências de esquerda fazem é a de que ainda não há a consciência da base de que o sistema vigente é o responsável por todas essas crises e, consequentemente, das mazelas sociais que grande parte da população mundial sofre.

Outro ponto que se discute: Que crise que se passa dentro do movimento esquerdista hoje? Será que a crise é de direção ou de base? Quem dará os rumos de uma futura revolução? Isso se merece fazer uma análise bem sucinta, a partir do que já foi dito anteriormente. Primeiramente, quem pode dizer com propriedade sobre as mazelas sociais provocada pelo Capitalismo? Direção ou base? Creio que seja a base, afinal, é uma realidade que caminha junto com a população. Não tem como escapar disso. Vemos isso desde quando se sai para comprar pão em uma padaria na esquina, ou quando saímos por dentro da cidade. Não tem como não ver a realidade crual que o Capitalismo mantém. Outro ponto: Como a direção dará rumos para a base, se ela mesma não têm consciência da sua realidade (por mais que ela veja isso diariamente)? Será que não deveria haver o trabalho nesta base, para fazê-la ver que essa realidade não pode ser encarada como normal, e de que é necessário que haja sim uma mudança desse sistema que procura sempre dividir a população em classes, com discrepâncias absurdas? Então, se faz necessário um esclarecimento para o povo, sendo que esse trabalho não é feito da noite para o dia. Não tão fácil quanto fazer um café. Entretanto, é a estratégia mais coerente diante da atual conjuntura, mostrando que é necessário uma organização coletiva, para poder quebrar com esse sistema.

Sendo assim, essas análises precisam ser feitas entre os próprios camaradas que militam dentro da Esquerda. Se um dia chegar o momento em que a união das tendências de esquerda ocorrerá, então, certamente, haverá sim a tão esperada revolução.

terça-feira, 11 de maio de 2010

UEPa: Um "escolão".

O sonho de grande parte dos jovens que têm acesso à esducação (independetemente de ser pública ou privada), sonham em entrar dentro de uma Universidade. Entretanto, esse sonho não é acessível à todos que querem, mas sim, infelizmente, para os que podem, por conta de governantes que transformam o direito à educação de qualidade em mercadoria.

Aos que conseguem esse acesso, entram dentro de uma Universidade pensando que tudo muda. E realmente, muita coisa muda mesmo, principalmente para quem sai de uma escola privada para uma Universidade Pública. Mas no caso da UEPa, não é muita coisa que muda. A começar pelas mentalidades e pelos valores que são trazidos dessas escolas e que muita gente faz questão de manter dentro da UEPa: completo desinteresse pelas causas sociais (luta trabalhista, problemas da sociedade em si que afetam em sua vida acadêmica, falta de materiais, dentre outros). Essa política de despolitização faz com que muitos estudantes não enxerguem que muita coisa dentro da UEPa está errada.

Primeiramente, a falta de estrutura básica que se deve ter dentro de uma Universidade, como salas de aula suficientes, materiais multimídia e até mesmo, canetas para escrever nos quadros, são notoriamente vistos e, por conta desse desinteresse dos estudantes para os problemas enfrentados por eles, encaram isso como algo normal, o que é absurdo. Se a população brasileira tem o direito garantido constitucionalmente de ter uma educação pública, gratuita e de qualidade, o governo deveria oferecer o mínimo de infra-estrutura para que isso ocorra.

Outro problema sério enfrentado pelos estudantes (e que também é encarado como 'normal'), é o total desrespeito dos funcionários para com os interesses ou mesmo necessidades dos estudantes. Afinal, é inadmissível que os interesses estudantis sejam atropelados por qualquer motivo. O descaso é tanto que é comum alguns estudantes serem taxados como "chatos" por reclamarem do que está errado, e estes acabam por serem boicotados covardemente pelos nossos administradores.

O que se deve fazer para mudar esse quadro? É papel dos CA's da Universidade estarem engajados na luta pelo interesse dos ESTUDANTES, sem se vender covardemente para os que não têm interesse pela nossa causa. E não é apenas de ir brigar por um espaço ou por material, mas sim de mudar toda a mentalidade de "ensino médio" que muitos estudantes possuem mesmo dentro da Universidade. Só assim, poderemos dizer que a UEPa é uma Universidade de verdade.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Jubileu de Prata dos cursos de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UEPA: Algo a comemorar?

Chegamos a mais uma comemoração, a mais um ato festivo na Universidade do Estado do Pará. Neste mês, os cursos de Fisioterapia e Terapia Ocupacional comemoram seus 25 anos de existência no norte do país. Pioneira na implementação destes cursos, a UEPA deve realmente comemorar seu feito. Mas será que a atual realidade destes cursos corresponde a toda força que seus pioneiros realizaram para que seus sonhos se transformassem em realidade? Será que os estudantes destes cursos estão recebendo uma educação que esteja à altura da comemoração de tal evento?



As condições que a educação brasileira tem apresentado configuram-na de forma precária. Passamos por um período em que a educação tem tomado pouca importância, tanto para os governos federal e estadual, quanto para as prefeituras. Isso pode ser percebido pela pouca e defasada estrutura das escolas, salários vergonhosos dos professores, material didático que não atendem às demandas estudantis, ausência de profissionais capacitados nos atendimentos nas escolas, além da ausência de uma permanente capacitação para os profissionais que já atuam na rede pública de ensino.

Esta lógica se dá a nível nacional, com raras exceções.



E na Universidade pública brasileira a realidade não é diferente. Percebe-se o total descaso com a estrutura física, falta de docentes, pouco material didático, pouco comprometimento das administrações superiores para com os estudantes, etc. E isso tem se agravado com a implementação de políticas educacionais do governo federal, como o REUNI (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais) e demais cortes de verbas que deveriam subsidiar as universidades (como ocorrido recentemente o Governo do Estado).



Na UEPA não sofremos com o REUNI. Porém, a realidade não tem sido diferente de outros locais, onde sentimos na pele o que é ser estudante da Universidade pública. São muitas as dificuldades enfrentadas, por exemplo, pelos estudantes de Fisioterapia e Terapia Ocupacional:



a) Estrutura física: percebemos que ainda persiste a problemática da falta de salas de aula. Temos presenciado turmas tendo aula no hall da cantina do campus II por não ter sala de aula suficiente para atender o número de turmas existentes. Sabemos que isso se deve a uma priorização de cursos em detrimento de outros. Mas o argumento não deve ser esse, deve-se, na verdade, é garantir estrutura de qualidade para todos.



b) Quadro de professores: ainda sofremos (e muito!) com o quadro de professores reduzidos nestes cursos. Além disso, poucos são aqueles que possuem alguma pedagogia que propicie a aplicação de um conhecimento qualificado. É necessário entender que os docentes devem ter capacitação contínua para a formação de futuros profissionais socialmente responsáveis e realizar imediatamente concurso público para admissão de novos docentes.



c) Ensino: a formação nos cursos da saúde, de modo geral, por mais que tenham passado por reformulações, ainda possui um direcionamento positivista, voltado para a técnica da Ciência. Por mais que seja necessário (e isso não devemos negar), deve-se entender que esta não é a saída para a saúde pública no Estado. Devemos formar profissionais voltados à atenção comunitária, pautados nos princípios e diretrizes do SUS. É mais do que provado que o modelo hospitalocêntrico não resolve as principais mazelas de nossa sociedade. Dessa forma, precisamos de um ensino que esteja pautado nas reais necessidades da população e não nas demandas mercadológicas. E isso é dever da Universidade pública.



d) Pesquisa: a UEPA ainda é débil em produção de conhecimento. E isso não se deve à sua pouca idade, mas sim à falta de priorização no incentivo à pesquisa. Os cursos de saúde, em especial Terapia Ocupacional e Fisioterapia, devem produzir conhecimento para além do que já é produzido. Os estudantes necessitam de iniciação cientifica para aplicação de seus conhecimentos e geração de novos saberes. Ainda são poucas as bolsas de incentivo à pesquisa e devemos exigir mais, com um processo seletivo transparente, sem privilegiar alguns estudantes em detrimento de outros.



e) Extensão: é a aplicação do conhecimento produzido dentro da universidade na sociedade. Na UEPA, são poucos os editais para Extensão e, quando abertos, possuem tempo muito curto de abertura e são colocados em períodos não letivos (como ocorreu no ano de 2009). Devemos garantir mais bolsas de extensão, fazendo com que todos os interessados possam usufruir da experiência de construir e implementar um projeto de extensão. A UEPA ainda possui poucos projetos de extensão frente a número de estudantes que ela possui. Além disso, tais projetos devem estar pautados nas necessidades da população, tornando a UEPA um agente modificador da realidade.



f) Biblioteca: sabemos que houve um grande avanço no acervo bibliográfico. Mas o estudante ainda sente necessidades quanto ao número de exemplares, por exemplo, e até mesmo na renovação destes, muitas vezes defasados e precários (faltando folhas nos livros). Devemos fazer com que a biblioteca do campus II atenda às demandas dos cursos que ali se encontram, propiciando um acervo qualificado e com um bom número de exemplares.



g) Centros Acadêmicos: são entidades representativas dos estudantes que servem para defender e expandir os direitos destes. Há muito tempo CAFISIO e CATO são desrespeitados neste centro, poucas vezes são ouvidos pela administração e, para fazerem valer sua representação, por vezes são obrigados a tomarem medidas mais incisivas e garantir sua participação (como ocorreu no ato comemorativo do jubileu de prata, onde se queria retirar as falas de CAFISIO e CATO). Ainda assim, estes centros acadêmicos têm mostrado sua importância e respaldo.



Os problemas são muitos ainda a serem elencados (laboratórios, cantina, falta do restaurante universitário, falta de uma política de permanência estudantil, laboratório de informática, etc), e muitas vezes nos faz parecer pequenos. Porém, devemos entender que também é responsabilidade nossa fazer com que a UEPA seja referência para a sociedade paraense. E o passo inicial é nos organizarmos nos centros acadêmicos que são legítimos instrumentos dos estudantes, aglutinando e fazendo com que este paute demandas da realidade do curso e da Universidade.



A comemoração deve ser feita. E de forma alguma devemos deixá-la de fazer. Entretanto, devemos olhar para o nosso passado, comparando com o presente e fazendo apontamentos assertivos para o futuro, para que daqui a mais 25 anos não olhemos para o passado percebendo que os problemas continuam sendo os de 25 anos atrás.



Bruno Jáy Mercês de Lima
Coordenador Geral DCE UEPA
Coletivo Romper o Dia!
Executiva Nacional dos Estudantes de Enfermagem - ENEEnf