Hoje estive conversando com um amigo meu, que faz jornalismo. Adoro conversar com ele, temos muitas idéias em comum, e algumas se complementam, o que torna o debate das conversas bem produtivas. Dentro dessas conversas, ele tocou em um assunto que é bem debatido, sobre a vinculação política de determinados meios de comunicação.
Teoricamente, todo instrumento de comunicação (rádio, imprensa ou televisão) deve ser desvinculado de qualquer tendência política. Mas seguindo um breve histórico, observamos que, na prática, é completamente ao contrário. É histórico o uso dos meios de comunicação pelos governos para poder disseminar suas filosofias (leia-se: vírus ideológico). Exemplos disso: governo Vargas, onde ele utilizava o rádio da época e as músicas para sua propaganda e sua filosofia, a partir disso, seu governo perdurou durante 15 anos ininterruptos; outros exemplos são os governos socialistas, onde espalhavam suas idéias e alienando a população. Esses exemplos deixam claro que, apesar da teoria dizer o contrário, a vinculação acaba existindo, inibindo qualquer possibilidade de neutralidade de opinião.
E o que acontece atualmente é o vínculo da imprensa local com a política e, em especial, com as famílias (leia-se: elite local) que possuem mais "poder" dentro do Estado: os Maiorana e os Barbalho. Fica uma briga de crianças por um doce, que apesar de ter caído no chão, estar todo sujo, ainda sim brigam. Então, quem dança nisso é o povo. Afinal, eles são o doce que é puxado de um lado para o outro, e ninguém se importa. Afinal, massa de manobra é o que eles procuram mesmo. É interessante para eles uma população com informações manipuladas, sem formar opiniões diferentes das que eles pregam. E ninguém aparece para tentar quebrar esse monopólio. Os que aparecem, não recebem incentivo, o que torna a disseminação de informações úteis mais difícil. E, como sempre, nós pagamos o pato.
O que nos resta mesmo é tentar enxergar nossa realidade de uma maneira só nossa. Tentar evitar a opinião dos dominantes é necessário. Tentar garimpar o que nos é interessante também é importante. É nossa única solução, enquanto não aparecer um "salvador da pátria".
áinda existe uma outra política mais severa que esta... aquela imposta por patrocinadores destes veículos de comunicação!
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