quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

E agora, ANEL?

E agora Anel? - Por Karol Ribeiro.


A festa acabou,
a luz apagou,
se a ENECOS sumir,
a noite esfriou,

e agora, ANEL?
e agora, você?
entidade sem nome,
kizomba dos outros,
você que faz o inverso,
dos que amam,é protestam.

e agora, ANEL?

Está sem a base,
está sem caminho,
está sem discurso,
já não pode correr,
já não tem mais C.as,
fraudar já não pode,
a noite esfriou,
é o romper o dia veio,
é o romper o dia veio,
é o romper o dia veio,
só não veio a utopia
e tudo acabou
e nada dirigiu
e tudo mofou,
e agora, Anel?



Sua rude palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua hipocrisia,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio – e agora?


Com a chave do DCE
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no rio,
mas o rio secou;
quer ir para Uberlandia,
Uberlandia não há mais.
ANEL, e agora?

Se você gritasse,
se você gemesse
se respeitasse
o trabalho de tempos,
se você dormisse,
se você rachasse,
se você morresse...
e daqui a pouco morre,
você é burra, ANEL!


Sozinha no escuro
qual bicho isolado,
sem teogonia,
sem coletivo forte
para se enconstar,
sem cavalo preto
que fuja a galope
você marcha, ANEL!
ANEL, para onde?

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