sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

E o que seria crise?

Crise ( do grego κρίσις,-εως,ἡ translit. krisis; em português, distinção, decisão, sentença, juízo, separação).
O conceito de "crise", segundo a visão da Psicologia (a ciência que estuda tal conceito mais à fundo), diz que "Corresponde a momentos da vida de uma pessoa ou de um grupo em que há ruptura na sua homeostase psíquica e perda ou mudança dos elementos estabilizadores habituais". Logo, a crise pode ser vista como uma ocasião de crescimento. A evolução favorável de uma crise, conduz a um crescimento, à criação de novos equilíbrios, ao reforço da pessoa e da sua capacidade de reação a situações menos agradáveis. Enfim...

Por que, primeiramente, fiz uma pequena explanação sobre tal conceito? Ultimamente, saiu um texto que, no seu conteúdo, foi um tanto quanto... Infeliz (se assim podemos classificá-lo)! Em seu conteúdo, uma pessoa pejorativou o coletivo "Romper o Dia!" e o Movimento Esquerda Socialista (MES/PSOL), classificando seus militantes de "idiotas", "otários" ou desrespeitadores dos estudantes. Bom, como diria o velho Marx, "a prática é o critério da verdade". Então, vejamos alguns fatos PRÁTICOS para tirarmos algumas conclusões e saber se, de fato, o coletivo "Romper o Dia!" e o MES/PSOL, se ambos estão em "crise".

Uma breve análise conjuntural.

Nos últimos anos, o "Romper o Dia!" tem crescido no M.E. do Pará de uma maneira impressionante. Reflexo de uma política acertada e acessível, onde se consegue dialogar com os estudantes ainda sem experiência política e, consequentemente, aglutiná-los para as lutas do Movimento. Sendo assim, durante vários anos, tal coletivo travou lutas dentro das Universidade do estado, em especial, UEPa, UFPa e UFOPa. Tanto que, no DCE da UFPa, foi o setor que mais travava luta à vários anos. Entretanto, alguns setores que se proclamam de esquerda, em uma política BURRA de querer construir uma pseudo-entidade "Livre" (a pseudo-entidade já nasceu atrelada e sem autonomia), veio sempre com o intuito de querer travar uma disputa entre os próprios militantes da esquerda de fato (disputa essa que o Romper o Dia não faz questão de travar, pois pregamos uma verdadeira UNIDADE), e querer se sobressair. Mal sabem (ou se sabem, preferem se fazerem de cegos) que essa tática é o que mais afasta os estudantes do diálogo e faz por ele achar que o Anarquismo toma conta do Movimento.

Exemplos de uma política BURRA (crianças, não repitam isso em casa): Nas eleições do DCE-UFPa, os "companheiros" acusam-nos de "ladrões", já que, segundo suas visões CEGAS, estávamos tentando roubar material deles para a campanha. Engraçado, mas o "companheiro" autor daquele INFELIZ texto esqueceu de citar que estes se utilizaram de métodos de coação para com os nossos militantes. Aliás, essa tática não me é estranha. Será que uma galerinha denominada de UJS não faz uso desses mesmos métodos? Coagir pessoas através de capangas, que estão dispostos a partir da agressão física, se necessário? Eu já vi esse filme. Então, quem se utiliza de métodos da direita? Nós ou o outro setor?

Outro exemplo: Durante a plenária da chapa vencedora das eleições do DCE-UFPa, foi votada a divisão de cargos. Obviamente, querendo ser o setor majoritário da gestão, estes saíram a "catar" pessoas para votarem em sua proposta, já que sua força não é expressiva dentro do M.E. da UFPa. Aliás, tal prática é vista em todos os lugares em que eles se fazem presentes. Sendo assim, eles comemoraram a "vitória" por um voto de diferença. Mal sabem que, se o nosso setor tinha maioria absoluta no plenário, mas que por motivos alheios às votações, não poderam comparecer. Será então que a ANEL tem motivos para coemorar?

Último exemplo: No texto escrito, foi falado que na UEPa, não tínhamos força para, sequer, montar uma chapa isolada. Entretanto, não é o que os estudantes estão vendo. Quando foi cogitada a não-unidade dos setores de esquerda, provocou uma reação bem atípica por parte dos camaradas da ANEL. Nos acusaram que não querer a unidade e querer enfraquecer o movimento. Entretanto, parando para analisar os fatos, essa unidade já não é vista desde a gestão passada. Afinal, a preocupação dos camaradas era a de APENAS construir sua entidade, em detrimento aos interesses locais, E mais, a prepotência não os fazem enxergar seus próprios erros, que transparecem aos olhos de todos os estudantes, inseridos ou não dentro do movimento. Logo...

Voltando à "crise"...

Então, diante de fatos que ocorreram na PRÁTICA, o que podemos concluir disso? Bom, se vermos de fato o conceito correto de crise for aplicado, o MES/PSOL e Romper o Dia! está em crise SIM. Reintero que crise significa mudança, tanto para melhor quanto para pior. E tendo vista a PRÁTICA, a mudança está sendo para melhor, pois cada vez mais, aglutinamos estudantes com a nossa coerência política e, cada vez mais, damos uma nova esperança de uma educação pública de qualidade. E viva a CRISE!

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