Não foi o carnaval planejado. Eu planejava desde julho em ir pra minha cidade natal (Cametá) "curtir" o carnaval (eu sou muito chato pra isso). Nada de se vestir de mulher ou então sair agarrando as mulheres. Não faz parte da minha natureza, por mais que duvidem disso. No final das contas, fui de novo pra Vila dos Cabanos
Eu tenho uma visão muito diferente de carnaval. Não sou de sair nos blocos badalados (corredor de folia e afins), odeio grandes aglomerações (parece um bando de bois seguindo seu vaqueiro dentro de um curral) e odeio aqueles imbecis que saem desrespeitando todo mundo que quer curtir da sua maneira (valentões, garanhões e babacões).
E neste carnaval, tive alguns prejuízos: perdi meu celular, peguei altas ressacas e não me diverti como o esperado. Afinal, eu não gosto do que todo mundo gosta.
Mas o mais curioso dessa alienação cultural do povo foi na terça. Eu estava em casa (Belém), quando minha tia liga pra casa chamando pra voltar, pois teria ARRAIAL DO PAVULAGEM. Como bom amante da cultura regional, voltei às pressas, por debaixo de muita chuva. E vamos dançar o boi.
Para um certo constrangimento e, ao memso tempo, superioridade, dancei só lá em meio uma grande multidão insatisfeita com o grupo que estava se apresentando. Todos me olhavam com ares de repulsa, afinal, era estranho naquele meio. Não liguei pra isso.
Bob Marley dizia que todos riam dele por ser diferente e ele ria de todos por serem todos iguais. Claramente, vi naqueles olhares a desculturização (neologismo) do nosso povo, infelizmente. A falta de interesse em ver outras formas de curtir o carnaval é nítida em esmagadora maioria das pessoas, o que torna o dever de manter acessa a chama regional que nos arde por dentro mais intenso. E se depender de mim, se tornará uma grande fogueira eterna.
bem.. parece q num foi so vc q teve um carnaval fora do esperado!!
ResponderExcluirbabacões é ótimo!
ResponderExcluire viva a diversidade, amigo!